UMA PESSOA UM VOTO

A cada momento que passa, há pessoas que mudam as suas intensões de voto:
Muitas deixam de votar, outras mudam de partido, outras decidem votar nulo ou em branco, há significativa variabilidade. Eu não voto em representantes. A mim, ninguém me representa. Eu pretendo votar directamente nas propostas de decisão que me interessem. Há pessoas que gostam de votar em quem as represente e por isso se sentem satisfeitas quando vão votar. Eu não quero que me representem, mas infelizmente, também não me deixam votar directamente nas propostas, que me dizem respeito. Querem fazer de mim criança. Querem, por força, que eu lhes dê o meu voto. Pois não dou o meu voto a ninguém. Malvados políticos. Caloteiros. Calões. Que não querem trabalhar. O meu voto, não lhes dou! Se apelamos para que nos deixem exercer o nosso poder de voto directo, a que temos justo direito, dão-nos com bastões ou nos aprisionam. Malditos ladrões de poder, malditos tiranos que usam a violência do estado contra nós, cidadãos honrados. Maltratam-nos, magoam-nos e batem-nos mas, não nos permitem apelar a que, conjuntamente, também usemos a nossa violência contra eles. O estado somos todos nós, mas esses tiranos representantes julgam que são donos do estado, e por isso nos batem, magoam e espezinham. Malditos políticos. Malditos ladrões. Caloteiros. Calões que não querem trabalhar, apenas parasitam quem, de facto, trabalha. Se há pessoas que infantilmente precisam de alguém que as represente, pois deixem-nas votar nesses caloteiros representantes, mas deixem também as pessoas cultas, adultas e responsáveis, votar por suas próprias mãos nas propostas que desejam ver implementadas. Malvados políticos. Libertem a democracia!