O JOGO DAS REGRAS



Em qualquer comunidade políticamente organizada, o PODER conquista-se e distribui-se de acordo com regras de direito. Nesta comunidade, o JOGO DO PODER, obdece ás regras do estado de direito. Estas são as regras do jogo. As regras do jogo do estado de direito, permitem que os cidadãos joguem a aquisição ou conquista do poder. Arbitram os tribunais. As actuais regras do jogo, não surgem ao acaso, a formação das regras do actual jogo, assenta na legitimidade da democracia representativa. Nesta democracia, as pessoas votam nos seus representantes; por sua vez, estes representantes fazem ou votam nas regras que vão regular o JOGO DO PODER. Os cidadãos, podem jogar o jogo do poder, mas estão impedidos de fazer ou votar as regras desse jogo. Apenas os representantes dos cidadãos podem, não só jogar o JOGO DO PODER, mas também, fazer ou votar as regras desse jogo. Poderiamos pensar que estes representantes têm a vantagem de viciar as regras, porém vejamos:
- A legitimidade que permite este tipo de situação é, aparentemente, o consentimento tácito ou explícito dos cidadãos. Na verdade, quem manda nas regras, são aqueles que colocam os representantes na posição de as fazer. Tendo em atenção o actual sistema de democracia representiva, concluimos que o governo e parlamento estão em queda, na verdade, não poderiam durar para sempre,... quem já pensou na angústia de um primeiro ministro; sabendo que está em queda, desejar ávidamente se dirigir ao país, pela televisão ou outro meio de comunicação de massas, mas tal lhe é vedado, pelos respectivos proprietários desses meios,... tenta então esse primeiro ministro comprar espaço de antena, isto é publicidade, mas tal lhe é vedado por não ter dinheiro para pagar, isto é, ... os patrocinadores do partido deixaram de fornecer dinheiro.
Numa democracia representativa, os representantes dos meios de comunicação de massas e do poder económico, em conjunto com os representantes das várias organizações sociais, de classe e interesses, controlam plenamente os representantes do poder legislativo, executivo e judicial do estado de direito. O estado de direito, baseado na democracia representativa, está defenitivamente refém desses controladores. São esses controladores quem faz as REGRAS DO JOGO na democracia representativa.
Estas regras estão viciadas. Quem, dentro destas regras, jogar o JOGO DO PODER, vai sempre fazer o jogo dos representantes do poder económico, da comunicação social e dos representantes de interesses nas organizações sociais.
O JOGO DAS REGRAS é a mudança de paradigma, é a mudança do poder controlador, dos sectores acima enunciados para os individuos, para as pessoas. Só as pessoas podem fazer e votar regras do jogo do poder, em democracia, nunca os representantes. A DEMOCRACIA DIRECTA é a forma mais pura e verdadeiramente democrática, de fazer e votar as regras. O jogo pelo controlo social de quem faz as regras, não é mais que: O JOGO DAS REGRAS!